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22/08/20

A primeira Live ninguém esquece

Nos anos 80 um comercial genial, criado por Washington Olivetto, dizia que "o primeiro sutiam ninguém esquece". Foi um marco da propaganda nacional, sensível, criativo e bonito. Lembrei dele porque, para mim, da primeira live ninguém esquece. Pelo menos eu não vou esquecer.

Não estava nos meus planos, até porque a maioria das lives que eu via eram de shows musicais e eu só toco "mp3". Porém, a dificuldade em levar entrevistados para o programa Mesa Pra 2 (toda quarta, 15h, na Morena FM) estava me deixando desanimado. As pessoas estão com medo de sair de casa.

Um dia vi Jamesson, do blog Agravo, fazendo uma live sobre política e me interessei. Ele me deu a dica do Streamyard.com, sistema maravilhoso para fazer lives, fácil de usar, com bons recursos, ótima qualidade de som e imagem, sem precisar instalar nada no PC e... grátis. Nos tempos atuais, grátis é ótimo.

Visitei a página, vi uns tutoriais e me animei. Apesar de usar e estudar a internet desde o nascimento dela, nunca tinha feito uma live. Fiz curso de TV na BBC, já tinha feito um vídeo falando do jornalismo durante a pandemia, para o pessoal de Jornalismo da Unime e faço o Mesa Pra 2 sempre ao vivo. Mas live eu nunca tinha feito.

Tudo bem, é ao vivo como o Mesa Pra 2, e usa os mesmos princípios de dirigir tv ou vídeo. É tudo parecido, mas não é igual. É como um poodle e um pitbull. Os dois são cachorros, mas vai mexer com o segundo...

O tema já era algo que eu venho estudando, a Comunicação Pós-Pandemia, uma verdadeira revolução na maneira como ela é feita, absorvida e trabalhada. Achar os convidados certos foi fácil. Tuca Souza, professor de Jornalismo da Unime, também é locutor na Morena FM e já participei várias vezes de suas aulas batendo papo com os alunos.

Tuca vem dando aulas online, outra novidade imposta pela pandemia, e também é daqueles que estão sempre observando e pensando no desdobramentos da comunicação. O outro convidado, Antônio Xavier, é professor de Comunicação da Uesc e Doutor em Semiótica pela PUC-SP.

Não pense que tudo correu às mil maravilhas. A Lei de Murphy existe para essas ocasiões... Já tinha feito testes antes e tudo funcionava direito. Mas, faltando 15 minutos para a live, adivinha... meu microfone gerava um eco e dava microfonia. Pânico? Não, eu nunca esquento a cabeça. Mas que é chato, é.

Descobri que uma aba do navegador, que eu estava incluindo na live, tocava o que entrava pelo mic e isso causava o eco e a microfonia. Resolvido isso, descobri que a transmissão, que ia para o YouTube e de lá para o site da Morena, não tocava nele e só podia ser visto pelo YT. Tudo isso "em cima" da live.

Demorei mas achei um quadradinho na configuração do YT que tinha que ser ticado para deixar outro site (o morenafm.com) retransmitir a live a partir dele. Pronto. Tudo resolvido! Só que não... Antônio entrava só com áudio ou só com câmera... ê, Lei de Murphy!

Antônio conseguiu resolver e, a partir daí, a live correu tranquila. O Streamyard também pega os comentários feitos no YouTube e mostra para mim no "estúdio", a página onde controlo a live. Dá para variar a imagem dos debatedores, colocar um sozinho na tela, me deixar menor e quem está falando maior, etc.

É preciso destacar a participação do pessoal que assistiu, fazendo bons comentários o tempo todo. Fui incluindo a maioria na live usando um recurso do Streamyard que torna isso bem fácil. Pensei que não teria mais nenhum trabalho, mas... até parece. Depois que acabou a live não sabia o que o YT faria com ela.

Entrei no canal da Morena FM e a live não aparecia. Configurei tudo o que podia e nada. Invoquei caboclos, rezei para São Webinho, apelei para Alá e nada. Então fiz o que já devia ter feito antes: consultei o tio Google. Descobri que o YouTube leva até 72 horas para processar o video e incluir no seu canal. Ufa!

Quando ele finalmente fez isso, configurei metatags, descrição, dica de vídeo que aparece no final, tela de introdução, etc. e a live está, para sempre, lá no canal de YouTube da Morena FM. Ele ainda não tem um endereço personalizado. Por enquanto parece a sigla atual do movimento gay, cheio de letras.

Para mudar isso preciso de sua ajuda, levando gente para se inscrever.

Só tendo mais de 100 inscritos o canal pode ter um nome mais curto e lógico. Enquanto isso, se voce quiser ver a live, pode ir neste loooongo endereço do YouTube ou assistir na página de lives do site da Morena FM, aqui.

Ah, sim, a próxima live já está marcada para o dia 27, quinta, às 19h. Ela será internacional e regional ao mesmo tempo. Calma, eu explico.

A live terá Carlos Santal, grande artista plástico, compositor e cantor de Itabuna que está morando há anos em Portugal. Ainda estou tentando contato com outro sulbaiano, que mora há décadas na Inglaterra. Nosso assunto será a vida deles lá fora, antes e, principalmente, durante a pandemia e seus efeitos na carreira.

Um adendo

No meio de vários comentários, Tuca recebeu o de um amigo de São Paulo dizendo o seguinte: "Excelente conteúdo, especiais participantes. Tivemos até um Falabella Leal". Como? Caramba, apesar de me sentir super honrado com a comparação, não chego nem na poeira do cara.

Miguel Falabella é um artista completo. Excelente ator, escritor, roteirista e diretor, sabe nos emocionar com o drama e nos matar de dar risadas quando faz humor. Nos últimos 30 anos eram dele as únicas coisas que assisti na Globo. ele é outro planeta.

Bom, o amigo de Tuca continua: "com muito respeito aos anteriores conteúdos que encaminhaste, este superou muito. Como dito ao final, sem academismo". O que mais gostei foi o "sem academismo", porque este é meu objetivo de sempre, discutir qualquer assunto de forma séria sem cair no academicismo, na sopa de dicionário.

As pessoas de maior cultura, de maior conhecimento e qualificação geralmente explicam de forma simples as coisas mais complexas. O pessoal que sabe menos ou que só se preocupa com sua imagem geralmente explica de forma complexa as coisas mais simples.

Se não teve academicismo, eu, Tuca e Antônio cumprimos nosso papel. E nada realiza mais que isso.

Posted by at 2:34 AM
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07/08/20

Brasil é prisioneiro político do STF

A deslavada censura imposta por Facebook, Twitter e Google a qualquer um que defenda a cloroquina ou tenha opinião diferente da OMS mostra a burrice de depender de 3 empresas na comunicação. 100% dependente dessas redes sociais, sua opinião pode ser eliminada da internet facilmente.

Não há alternativa viável, porque os usuários se acomodaram em usar apenas as redes sociais, que não pertencem a eles. Um site próprio não pode ser censurado, pelo menos em países onde a democracia ainda vale. Não é o caso do Brasil, onde o STF eliminou a liberdade de expressão.

A cantora Madonna teve censurado pelo Instagram um post que mostrava médicos defendendo a cloroquina. Se colocar no Facebook, Youtube ou Twitter vai ser censurada do mesmo jeito. Note que não é uma censura legal nem ordenada pela Justiça. São empresas passando por cima de seus usuários.

No lugar dela, eu usaria as redes para pedir que as pessoas visitassem meu site, onde colocaria o que quiser. Me limitaria a usar as redes como maneira de levar visitantes ao site. Eu tive vários posts no Facebook censurados porque alguém que não gosta do que escrevo "denunciou". Tomei a decisão mais óbvia: não posto mais no FB.

O Brasil já foi um país democrático mas, a partir do momento em que a maior instância da Justiça ignora um dos princípios mais importantes da Constituição Federal, a liberdade de expressão e opinião, a democracia é anulada. Sem liberdade de pensamento não existe democracia. Simples assim.

Se o STF, a última área de recurso, cancela uma liberdade essencial para a democracia, a quem podemos apelar? Não é ao bispo, porque daqui a pouco até na religião os "sinistros" do Supremo vão querer mandar. Eles hoje se tornaram deidades, uma casta divina sem limites e sem controle.

Criado para defender e fazer cumprir a Constituição, o STF vem mudando artigos "nas coxas", tomando decisões que afrontam seus artigos, eliminando direitos que a carta magna da nação considera inalienáveis. A única maneira de fazer o STF voltar a se comportar democraticamente seria o Senado cassar os ministros que pisam na Constituição.

Porém, mais da metade dos senadores têm rabo de palha seca, que pode pegar fogo em instantes se o STF não defendê-los da Polícia Federal e dos juízes de primeira instância. Então fazem uma dança imoral. O Senado finge não ver os atentados à democracia do STF e este se faz de cego em relação aos crimes dos senadores.

O pior desta situação é o cinismo da esquerda nacional. Os mesmos militantes que passaram anos criticando os governos militares por censurar jornalistas aplaudem o STF quando censura jornalistas favoráveis a Jair Bolsonaro, quando prende blogueiros e humoristas por pensar e se expressar.

Entidades como CNBB, Associação Brasileira de Imprensa, OAB, Anistia Internacional, Reporteres Sem Fronteiras e Fenaj, amplamente ligadas e controladas por pessoas da esquerda, se calam em relação à mordaça imposta pelo STF a jornalistas, artistas e blogueiros.

Não que seja alguma novidade. A esquerda sempre criticou os militares daqui por censurar e "matar opositores", mas aprova e apoia ditaduras comunistas e socialistas que eliminaram milhões de pessoas pelo simples fato de ser oposição, como em Cuba, onde jornalistas são mortos pelo Estado, Venezuela e Nicarágua.

Elas se juntam a megaempresas de comunicação que ganharam milhões com os governos petistas, vendendo sua linha editorial para proteger os partidos aliados e omitir seus crimes. Se não fosse a internet, até hoje o mensalão, o petrolão e os outros crimes da era petista estariam escondidos embaixo do tapete.

Foi a liberdade da internet que impediu o PT de criar um conselho para controlar a imprensa, de expulsar jornalista porque não gostou da opinião dele sobre Lula. Foi a internet que nos livrou da quadrilha petista derrotando Haddad, o novo poste do PT, e elegendo Bolsonaro.

O Brasil é um país conservador nos costumes e liberal na economia, mas estava preso na camisa de força da esquerda, libertina nos costumes e comunista na economia. Justamente por ter força para impor a vontade do brasileiro aos políticos, a internet é o principal alvo dos corruptos e da esquerda.

Sua arma é o STF, onde pedidos, mesmo absurdos, de partidos nanicos da esquerda (ou seja, sem representatividade na sociedade) são acatados em tempo recorde para emperrar o governo, limitar liberdades, impedir o programa que nós escolhemos nas urnas, democraticamente.

Sim, o Brasil elegeu Bolsonaro para executar o que pregava na campanha, de escola sem partido ao direito de ter uma arma em casa para se defender. Hoje, o único presidente a fazer o que prometeu na campanha é impedido de fazê-lo por uma milícia do pensamento que não tem a maioria do povo, mas está armada com Toffoli, Gilmar. Lewandovsky, Fachin et caterva.

Hoje, uma minoria com poder massacra uma maioria indefesa. Era assim logo antes da independência americana e da revolução francesa. É assim que muitas revoluções armadas começam...

Posted by at 3:54 PM
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